quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Muito além de apenas viver um pouco mais!



Muito além de apenas viver um pouco mais!

Quem crê em Deus vive mais tempo

Cientistas da renomada Duke University em Raleigh (Carolina do Norte/EUA) descobriram: "Quem crê em Deus vive mais tempo." Durante oito anos eles mediram regularmente a pressão arterial de 4.000 moradores do Estado. O resultado surpreendente foi: as pessoas que iam aos cultos no domingo ou liam a Bíblia e oravam regularmente tinham pressão arterial 40% mais baixa do que os não-crentes.

Harold Koenig, um dos autores do estudo, diz: "Principalmente pessoas mais idosas se sentem seguras devido aos cultos e às orações, o que reduz o stress, baixa a pressão arterial e protege o coração." (BZ)

A genuína fé em Deus tem efeitos sensíveis, inclusive sobre a vida física. O Senhor Jesus disse: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei" (Mt 11.28). Mas a fé em Jesus Cristo produz mais do que apenas redução do stress ou sensação de segurança. Pois não devemos apenas nos sentir bem, tudo em nossa vida deve estar bem. A fé é uma fonte que jorra para a vida eterna. Aquele que crê em Jesus recebe o perdão dos pecados. Quem nEle crê é liberto do pecado original de Adão. Quem recebe a Jesus em sua vida pela fé é liberto legalmente de toda culpa e se torna um filho de Deus legítimo (Jo 1.12). A fé em Cristo nos transporta para o reino de Deus e nos dá uma esperança viva que nos sustém também em dias difíceis. A fé em Jesus tira o poder da morte (embora o temor dela ainda possa persistir), nos abre as perspectivas para o reino de Deus e permite a nossa entrada nele. Por meio da fé o homem obtém razão para viver e sua alma inquieta encontra descanso. Foi o que já disse Agostinho: "Fomos criados para ti, ó Deus, e nosso coração não tem paz até que a encontre em ti" (Norbert Lieth -

Carinho e amor

Fernanda

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Paz Nesse Natal





Paz no Natal

"Paz na terra" foi a alegre mensagem das multidões de anjos aos pastores quando Jesus nasceu. Essa paz prometida foi uma expressão da boa vontade de Deus para com os homens.

Há muitos anos tive uma conversa com um judeu que me perguntou com visível ansiedade: "Quando virá o tempo de que fala Isaías (2.4), quando as espadas se transformarão em relhas de arado e as lanças em podadeiras, quando uma nação não mais levantará a espada contra outra nação e nem aprenderão mais a guerra, quando até os animais selvagens serão mansos, quando o lobo e o cordeiro habitarão juntos e um menino apascentará o bezerro, o leão novo e o animal cevado (comp. Is 11.6-9)?" Nitidamente pude perceber em sua voz a tristeza e o lamento pelas guerras sem fim, pela inimizade entre Israel e seus vizinhos. Infelizmente, não pude dar-lhe uma resposta à sua pergunta sobre quando virá essa paz prometida por Deus. Mas que um dia ela virá, disso não resta a menor dúvida!

A época do Natal é uma oportunidade especial para agradecermos a Deus por Jesus, que trouxe paz aos nossos corações, pela Sua mensagem e por nos dar o Espírito da paz. A paz é chamada de fruto do Espírito em Gálatas 5.22. O mundo procura desesperadamente pela paz, pensemos apenas no processo de paz no Oriente Médio e nas negociações que deveriam trazer a paz. Com tudo isso não se alcança a paz da qual a Bíblia fala. Quando muito se alcançará uma paz relativa. Só a paz de Deus que, conforme Filipenses 4.7 excede todo o entendimento, consegue nos dar verdadeira paz em meio a este mundo inquieto. É dessa paz que falam as multidões de anjos. Será que depende de Deus ou dos homens essa paz reinar ou não? Será que podemos fazer alguma coisa para que Deus possa realizar Sua boa vontade aqui na terra? Realmente depende muito de nós, homens, nos apropriarmos dessa oferta de Deus, de valorizarmos esse grandioso gesto de boa vontade de Deus para conosco, de permitirmos que a paz anunciada no Natal se torne realidade em nossas vidas. Por isso o tempo de Natal também deve ser um tempo de reflexão, um tempo de voltarmos para Deus!

Por ocasião do nascimento de Jesus, havia pessoas em Israel que depositavam sua confiança em Deus e que esperavam pelo Salvador prometido por Deus. Sempre havia um remanescente que esperava em Deus. E como é hoje em dia? Em que baseamos nossa esperança? Será que ela está depositada no progresso ofuscante e sedutor deste mundo ou nossa esperança está colocada unicamente em Deus? Somos realmente pessoas que esperam em Deus? Só assim experimentaremos aquilo que Ele promete em João 14.27: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." É assim que, em meio a este mundo agitado, poderemos ter a paz que ninguém conseguirá nos tomar! (Fredi Winkler -

Carinho e amor
Fernanda.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Quando a Alegria Vence o Medo



"O medo da solidão é o triste líder

Seus compatriotas, diz o pesquisador inglês Michael Whiteburgh, que estuda o estresse, têm medo de muitas coisas – mas o que mais temem é a solidão. O psiquiatra Whiteburgh, que mantém clínicas de repouso em Liverpool e Londres, publicou uma lista das principais fobias (com base em 2.000 casos de que tratou).

Nela, a solidão (monofobia) está na frente da claustrofobia (medo de ficar em ambientes apertados), da agorafobia (medo de ficar em grandes espaços descobertos), da insetofobia (medo de insetos), da zoofobia (medo de animais) e da astafobia (medo de trovões). O medo de voar vem mais adiante, até mesmo depois do medo de andar de metrô..."

O medo é a doença dos nossos dias. Ele assumiu proporções assustadoras. Quando as pessoas não procuram a Deus, enchem-se os consultórios de psicólogos e psiquiatras. Alguns dos medicamentos mais usados são os psicofármacos, tomados contra o medo, a inquietação e a insônia. É notável também que justamente no tempo do Natal aumentam a solidão e o medo. Parece tratar-se do tempo em que o homem percebe de maneira especial que lhe faltam a alegria interior e a segurança em Deus. Durante quase todo o ano, muitas pessoas tentam criar para si um paraíso artificial, tomando comprimidos e realizando muitas atividades; elas tentam afastar o medo e a solidão. Mas justamente no tempo do Natal elas percebem que a fuga não dá certo e que o medo e o desespero as alcançam.

No entanto, o medo foi vencido através de Jesus Cristo e Sua vinda ao mundo. E com Ele veio a alegria procedente de Deus. Ninguém precisa mais ser solitário. A mensagem do anjo por ocasião do anúncio do nascimento de Jesus em Belém é emoldurada por duas afirmações significativas, que têm Jesus por conteúdo: "Não temais" e "grande alegria". A respeito, lemos em Lucas 2.10: "O anjo, porém, lhes disse: Não temais: eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo". Sim, através da Sua vinda, Jesus transformou o medo em alegria, e essa alegria está disponível para todos.

Alegria!

Deus é a fonte da alegria, na Sua "presença há plenitude de alegria" (Sl 16.11; Is 12.3).Quem não conhece realmente a Deus, não imagina que alegria está deixando de ter. Jesus veio para nos trazer essa alegria, sim, Ele quer que Sua própria alegria permaneça em nós e que nosso gozo seja completo (Jo 15.11).

Um neurologista escreveu certa vez um livro intitulado: "Deixe seus nervos nas mãos de Deus." Jesus sabe do seu medo, Ele mesmo o venceu no Getsêmani e na cruz do Calvário.

O que falta a muitas pessoas é a fé para irem confiantemente a Jesus com todas as cargas, com todos os temores e pecados. Por isso, o Senhor exorta: "Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi, e recebereis, para que a vossa alegria seja completa" (Jo 16.24). Faça isso agora mesmo! (Norbert Lieth - http://www.apaz.com.br)

Carinho e amor

Fernanda.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A ORAÇÃO QUE CONDUZ AO PERDÃO


“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto” (Salmo 51:10)

VERDADE PRÁTICA: Um espírito quebrantado em oração é um poderoso instrumento para restaurar a comunhão com Deus.

LEITURA BÍBLICA: Salmo 51:1-13

REFLEXÃO: “(...) O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” 1 João 1:7b.

INTRODUÇÃO

A oração é o modo pelo qual o homem fala com Deus e coloca diante dEle suas alegrias, tristezas, necessidades, anseios, enfim, tudo o que aflige sua alma. Quando se peca, é através da oração que se chega a Deus para confessar as culpas e pedir-lhe o seu perdão. A oração que Davi fez, logo após ser confronta do pelo profeta Nata a respeito de seu adultério (com Bate-Seba) seguido de assassinato (de Urias), é um exemplo de que se deve fazer ao pecar, a fim de alcançar misericórdia diante de Deus.

I – O PECADO NOS AFASTA DE DEUS

  1. O pecado afronta a Deus. Pecado é a transgressão deliberada e consciente das leis estabelecidas por Deus. O pecado afronta o caráter de Deus e a sua santidade. Esta falta de conformidade com a lei moral de Deus é rebelião; quem usa dessa prática se distancia da comunhão com Deus, que por hipótese alguma, comunga com o pecado ou com alguém que permanece nesse estado. Davi pecou gravemente e permaneceu em pecado até que, advertido pelo profeta, se arrependeu e suplicou ao Senhor o perdão.
  2. As conseqüências do pecado. Os relatos do rei Davi evidenciam que o pecado entristece o Espírito Santo e causa separação entre Deus e o homem (Isaías 59:2). Foi esse afastamento de Deus que Davi viveu. A única maneira de o crente manter comunhão com Deus, por meio do seu Espírito Santo, é andar segundo a sua vontade (Romanos 8:1-14).
  3. Consciência do pecado. A expressão que Davi usou para rogar a deus a sua purificação, revela o reconhecimento do seu estado de impureza moral, pois havia cometido delitos contra a santidade de Deus e à sua Lei. Ao pedir a Deus que o limpasse com hissopo (v. 7), ele revela que se havia contaminado tal qual um leproso ou alguém que havia tocado em um morto; símbolos de impureza máxima em sua época (Levítico 14; Números 19:16-19). O pecado destrói a paz com Deus, e a falta dessa paz, como decorrência do pecado, é como um sinal vermelho, a fim de que o crente pare imediatamente e volte-se para Deus em oração. É preciso que se arrependa, confesse o seu pecado e abandone-o, e pela fé em Cristo, e por Ele, receba o perdão de Deus (1 João 1:7-9).

II – CONFISSÃO E PERDÃO

  1. Reconhecer e confessar o pecado. Ao pecar, Davi não considerou as conseqüências de seus atos. No entanto, assim que caiu em si como pecador, reconheceu a gravidade dos seus pecados cometidos e a necessidade de confessá-los, para, em seguida, pedir perdão. Todo ser humano deve saber que aquele que “encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13). O rei sabia que seu pecado era, em primeiro lugar, contra o próprio Deus (v. 4). No Salmo 32, Davi mostra o dever e a necessidade de reconhecer e de confessar o pecado a Deus (Salmo 32:1-5) e expressa a certeza do perdão do Senhor (v. 5).
  2. Conhecendo o caráter de Deus (vv. 6, 16). Davi conhecia a Deus e sabia que só homens limpos de mãos e puros de coração entram no santuário (Salmo 24:3,4). Seus salmos revelam que ele conhecia a Deus pessoalmente e tinha um relacionamento íntimo com o Senhor.
  3. O Afastamento de Deus. Como todo o crente que desobedece às ordenanças divinas, Davi estava sentindo a angústia resultante da falta de comunhão com Deus. O pecado era como um muro, que o impedia de ver e sentir a presença de Deus. Para um homem acostumado à comunhão com o Criador, o vazio provocado pela falta desta doía como um corpo com os ossos quebrados (v.8); a tristeza há via tomado conta de seu ser.

III – A RESTAURAÇÃO DO PECADOR

  1. Arrependimento e contrição. Davi tinha consciência do seu pecado. Porém, sabia que Deus está sempre disposto a perdoar todo homem que, com coração arrependido, volta-se para Ele, confessando as suas culpas e rejeitando-as, por meio da oração espontânea e sincera (Provérbios 28:13). O perdão divino está à disposição de todos os pecadores que, arrependidos, confessam a Deus os seus pecados e aceitam a purificação provida pelo Senhor mediante o sangue de Jesus Cristo (Lucas 24:46,47; 1 João 1:9). Todavia, é necessário que se rejeite totalmente a prática do pecado, pois o que alcança misericórdia é aquele que confessa e deixa (Provérbios 28:13).
  2. Mudança de Atitude. O verdadeiro arrependimento resulta em mudança de vida. Pode-se tomar como exemplo o Filho Pródigo. Ele, distante do pai, sem dinheiro ou condições dignas de, inclusive, se alimentar reconheceu seu pecado e resolveu voltar. Confessou suas transgressões ao pai e pediu-lhe perdão. O importante, porém, foi que a oração o levou à ação. Ele foi, fez tudo o que havia proposto e alcançou misericórdia (Lucas 15:11-24). Davi também demonstrou com a tos sinceros e profundos o arrependimento, vindo da alma.
  3. Renovação interior. Na oração de Davi, pode-se ver que o Senhor já estava trabalhando em seu interior. Observe os desejos de Davi depois de confessar seus pecados e buscar o perdão de Deus:

a) Um espírito voluntário. O que demonstra seu desejo e sua disposição de servir a Deus (v.12).

b) Ensinar os caminhos do Senhor. Assim que se sente perdoado Davi se propõe a falar sobre o quanto Deus fora compassivo e misericordioso com ele, para que mais pecadores (como ele) se convertam de seus caminhos (v. 13). Davi não se contenta em apenas desfrutar o seu perdão; ele também quer que o mundo conheça o Deus perdoador.

c) Louvar a Deus. Conhecendo o seu Senhor, Davi sabia que, na situação de pecado em que se encontrava, seus louvores não seriam aceitos. Era necessário que, antes de oferecer sacrifícios, ele se quebrantasse diante de Deus. Só então, estaria livre para louvá-Lo (vv. 16,17). Deus recebe o louvor dos filhos obedientes, que procuram viver de acordo com a Palavra; a esses Ele denomina verdadeiros adoradores (João 4:23). O verdadeiro louvor ao Senhor não está em palavras ou canções, mas principalmente na vida santa e consagrada e no testemunho do adorador.

d) Prontidão para agradar a Deus. Uma das características mais marcantes de um homem perdoado por Deus é o desejo profundo de agradá-Lo. O próprio Jesus fez alusão a este fato, quando estava em casa de Simão (Lucas 7:36-50). A motivação maior do serviço do crente no Reino é o fato de ter sido perdoado, isto o constrange a fazer tudo e qualquer coisa para agradar a Deus que o perdoou e o livrou da morte e do inferno. Por isso, um dos desejos expressos por Davi em sua oração foi o de ser um prestador de serviço para Deus com espírito voluntário.

CONCLUSÃO

A oração é um instrumento de comunhão com Deus, inclusive para aquele que a perdeu por causa do pecado. Depois que o homem reconhece que pecou, através da oração sincera, como a do publicano em Lucas 18:10-14, pode confessar seus pecados ao Senhor e pedir-lhe o seu perdão. O verdadeiro arrependimento, no entanto, implica na mudança de atitude e conduta daquele que pecou. A orientação amorosa do Senhor Jesus é: “vai-te e não peques mais” (João 8:11).

REFLEXÃO: “Perto está o Senhor dos que tem o coração quebrantado e salva os contritos de espírito.” Salmos 34:18.

RESPONDA

  1. De acordo com a lição, defina pecado.
  2. Quais as conseqüências do pecado de acordo com o relato de Davi?
  3. De acordo com o Salmo 32, o que o pecador deve fazer para receber o perdão de Deus?
  4. Qual o resultado do verdadeiro arrependimento?
  5. Qual é a característica mais marcante de um homem perdoado por
    Deus?

VOCABULÁRIO:

Hissopo: Planta utilizada no Antigo Testamento para aspergir o sangue dos sacrifícios.

Fonte: Lições Bíblicas - 4º Trimestre de 2010 - Jovens e Adultos

Casa Publicadora das Assembléias de Deus - CPAD

Carinho e amor

Fernanda

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO



“Orando em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito. Vigiai nisto com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Efésios 6:18).

VERDADE PRÁTICA: Através de Cristo e sob o poder do Espírito Santo, somos impulsionados e capacitados a interceder uns pelos outros.

LEITURA BÍBLICA: Gênesis 18:23-29, 32, 33.

REFLEXÃO: “uma oração significativa é uma questão de coração, não de eloqüência das palavras.” (Jim George)

INTRODUÇÃO

O amor é a característica mais marcante do cristão (João 13:35). Esse amor deve ser demonstrado em todo o seu viver, inclusive em suas orações intercessórias. Intercessão quer dizer orar a Deus em favor de outra pessoa. A Palavra ordena aos filhos de Deus a orar por seus irmãos (Efésios 6:18,19), pela obra de Deus (Mateus 9:38), pelas autoridades constituídas (I Timóteo 2:1,2) e até pelos inimigos (Mateus 5:44). Se você, meu irmão, não é um intercessor, está perdendo a bênção de Deus. Portanto, entre na esfera da intercessão agora!

I – A ORAÇÃO INTERCESSÓRIA

  1. No Antigo Testamento. Entre o povo de Israel havia muitos homens fiéis, amorosos e dedicados, que perseveraram em oração a Deus por seus irmãos e pela nação inteira. Samuel (1 Samuel 7:8,9; 12:19-25), Moisés (Êxodo 32:11-14, 30-32; Deuteronômio 9:13-19), Jeremias (Jeremias 14:19-22), Esdras (Esdras 9:6-15), Daniel (Daniel 9:3-19) e tantos outros servem como exemplo. O próprio Deus menciona nominalmente homens como Samuel e Moisés como intercessores (Jeremias 15:1). Estes homens santos se afligiam com o pecado do povo, sentiam a necessidade do perdão divino e choravam diante de Deus, suplicando-lhe uma solução.
  2. Em o Novo Testamento. O ministério da intercessãoperante Deus continuou, sendo o Senhor Jesus o nosso supremo exemplo(João 17). Pessoas vinham ao Mestre pedindo por seus parentes, amigos e servos (Marcos 5:22-43; 10:13; João 4:4:46-53). Jesus demonstrou a prática da intercessão muitas vezes, orando pelos perdidos (Lucas 19:10), por Jerusalém e seus discípulos (João 17:6_26). Na igreja, a partir do livro de Atos e das Epístolas há muitos e variados exemplos de intercessões em oração, nos quais há grandes lições para a nossa vida cristã. A igreja é incentivada a orar uns pelos outros (Tiago 5:16; Efésios 6:18). Ela deve habituar-se a interceder pelas necessidades dos irmãos (Atos 12:5; 13:3). Na igreja, às vezes há grupos que se organizam e se intitulam “Os Intercessores”, mas não perduram. O verdadeiro intercessor não gosta de aparecer. Ele, em si mesmo se compraz em ver, mediante sua intercessão, o nome de Deus ser glorificado pelas bênçãos concedidas.
  3. Nos dias atuais. A Bíblia nos ensina que é dever do crente orar pelos outros (1 João 5:16; 1 Timóteo 2:1, 8; Efésios 6:18; Tiago 5:16). Contudo, não é só um dever, mas principalmente um privilégio e um canal de bênção. Aquele que persevera em orar pelos outros, Deus levanta intercessores para orar por ele e, assim, todos são abençoados. A oração intercessória enquadra-se na verdade bíblica: “Mais bem aventurada coisa é dar do que receber” (Atos 20:35). Quem ora, se coloca diante de Deus, entra em sua presença e nunca sai deste encontro da mesma forma que entrou. Ser alvo de uma oração é gratificante; orar é glorioso. A prática de estar com Deus em oração, muda o homem (Gênesis 32:22-32). As pessoas cojseguem perceber a diferença daquele que cultiva a comunhão com Deus (Êxodo 34:29-35). Dentre os discípulos de Jesus, três conviveram mais com Ele; e dentre os três, um era-lhe mais chegado.

II – CARACTERÍSTICAS DE UM INTERCESSOR

  1. Perseverança. Abraão foi um homem perseverante. Sua súplica a Deus por Sodoma e Gomorra demonstra sua diligência. Ele intercedeu diante de Deus e nisso perseverou até obter a resposta (Gênesis 18:22-33). O intercessor não pode se deixar levar pelas dificuldades e aparentes “impossibilidades”. Foi o caso da mulher siro-fenícia perante Jesus. Apesar de ser ignorada e receber inicialmente um “não” do Senhor, como teste da sua fé, ela insistiu em seu pedido, humilhando-se diante dEle, até que foi atendida em sua petição (Mateus 15:22-28).
  2. Altruísmo. Em um autêntico intercessor não pode haver egoísmo, mesmo porque, se alguém é egoísta, não é intercessor. O oposto do egoísmo é o altruísmo. A pessoa esquece de si mesma e cuida do outro por amor. O caso de Moisés é emblemático. O Senhor falou em acabar com o povo de Israel e iniciar, a partir dele (Moisés), outro povo (Êxodo 32:7-14). O amor que Moisés tinha por aquelas pessoas, que com tanto zelo e devoção eram conduzidas por ele, dominava seu ser. Esse amor o levou a rejeitar a proposta e interceder pelo povo que havia desprezado a Deus e ao próprio Moisés (Êxodo 32:1-4). Na mesma ocasião, esse servo de Deus pediu para sr riscado do livro divino, caso o Senhor não perdoasse aos israelitas (Êxodo32:30-32). Um fato semelhante é o de Jô, que em meio a severas provações, grande necessidade e graves problemas de saúde, intercedia diante de Deus por seus “amigos”(Jô 42:10). O apóstolo Paulo, com profundo amor pelo seu povo e anseio por sua salvação, afirmou que abriria mão de sua própria salvação em favor deles (Romanos 9:3). Jesus, cravado no madeiro, sofrendo grandes dores, intercedeu por seus algozes (Lucas 23:33,34), e pelo ladrão arrependido crucificado ao seu lado (vv 40-43).
  3. Empatia. Empatia é, no campo natural, a capacidade de uma pessoa identificar-se com outra; harmonizar-se, combinar com outra pessoa, sentir o que ela sente, desejar o que ela quer, apreender do modo como ela apreende. Interceder, no campo espiritual, é mais do que simplesmente apresentar pedidos em favor de outros diante de Deus. É ter a capacidade de se colocar no lugar daquela pessoa ou pessoas, sentir suas misérias, sua dor, seu estado, sua necessidade e, por conseguinte, implorar a Deus por sua resposta. Esdras e Jeremias foram exemplos nesta área. Eles mesmos não haviam pecado contra Deus, cometendo s abominações que o povo cometia em sua época. No entanto, em oração apresentaram o povo a Deus, rogando-lhe o seu perdão e implorando por salvação (Jeremias 14:18-22; Esdras 9:6-15). Neemias, o governador, fez a mesma coisa (Neemias 9:33-37). Em Jesus esta característica é notória; Ele sentia a dor das pessoas, o que o levava à compaixão (Lucas 7:11-13; Mateus 9:36; 14:14). Quando viu a dor de Maria ao perder seu irmão, chorou (João 11:32-35). O cristão deve saempre ter em si esta virtude (Romanos 12:15) ao interceder diante de Deus por outro.

III – A FORÇA DA ORAÇÃO COLETIVA

  1. Nínive. O Senhor havia determinado a destruição de Nínive. Seus habitantes, no entanto, decidiram arrepender-se e humilhar-se diante de Deus, como um só homem, apregoando um jejum que incluía até os animais, clamando a Deus por misericórdia e pela revogação da sentença destruidora que fora motivada por eles mesmos. Apesar dos protestos do profeta Jonas, tiveram sua petição atendida, e todo o povo foi salvo da destruição (Jonas 3:5-10).
  2. Israel. Quando Ester tomou conhecimento do terrível e destruidor edito real que decretava a morte de todos os judeus, ela e suas auxiliares decidiram orar e jejuar para que o Senhor preservasse a vida dos descendentes de Abraão e desse vitória sobre seus inimigos. Mais uma vez, Deus respondeu à oração (Ester 4:15-17; 8:1-17).
  3. Igreja Primitiva. A igreja começou em plena atmosfera de oração (Atos 2:42). Eles apresentavam seus pedidos a Deus de forma unânime. Quando Pedro foi preso, a igreja reuniu-se para interceder a Deus por ele (Atos 12:1-17). Aquela reunião de súplica foi certamente transformada em reunião de louvor e agradecimento a Deus pela oração respondida.

CONCLUSÃO

Orar pelos outros é um dever e uma prova de que o amor de Deus está derramado no coração do intercessor. Buscar a Deus com fé é o modo correto de começar. Todos os cristãos devem desenvolver uma vida de oração e intercessão, buscando ter em si virtudes como altruísmo, perseverança e empatia espiritual. Assim fazendo, além de aprimorar sua vida de comunhão com Deus, o cristão estará cumprindo o mandado divino de amar ao próximo como a si mesmo.

REFLAXÃO: “Jesus, nosso Advogado, intercede por nós no céu.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal)

RESPONDA:

  1. O que é intercessão?
  2. Cite três exemplos de homens fiéis que perseveravam em oração a Deus no antigo testamento.
  3. Em qual verdade bíblica se enquadra a oração intercessória?
  4. Quem é o nosso supremo exemplo no ministério da intercessão?
  5. De acordo com a lição, quais as principais características de um intercessor?

VOCABULÁRIO

Altruísmo: Amor ao próximo

Emblemático: Significativo, exemplar.

Empatia: Sentir o que o outro sente.

Fonte: Lições Bíblicas - 4º Trimestre de 2010 - Jovens e Adultos
Casa Publicadora das Assembléias de Deus - CPAD

Carinho e amor
Fernanda Abreu Ferreira.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cristãos enviam Bíblias para mineiros soterrados no Chile





Publicado em

Um desabamento bloqueou a galeria de acesso de uma mina em Copiapó, a 800 km de Santiago, no norte do Chile, após um desmoronamento no dia 5 de agosto, a 300 metros de profundidade. 33 mineiros ficaram presos. Em meio a uma situação de grande tensão, a Igreja Adventista chilena se movimentou para levar esperança.

Em meio à dificuldade de comunicação e a falta de previsão de uma data para que os mineiros sejam resgatados, a angústia dos familiares e, obviamente, dos próprios mineiros isolados causou uma verdadeira comoção no país.

A Igreja Adventista tem acompanhado e procurado dar assistência a todos os envolvidos. Uma das últimas iniciativas foi o envio de Bíblias com textos marcados para os mineiros soterrados – Bíblias minúsculas, que puderam passar pela cânula que tem servido de meio de comunicação entre os homens isolados e os que estão trabalhando pela sua libertação.

A iniciativa adventista foi comemorada e noticiada em vários veículos de comunicação, dentre eles estão diversos jornais chilenos, programas como o “Fantástico”, da Rede Globo, no Brasil, o jornal americano “The Washington Post” e o jornal britânico “The Guardian”. A Folha de São Paulo também dedicou amplo espaço para a notícia. Leia texto a seguir.

“”Santos”, mineiros isolados são adorados no deserto do Chile

Laura Capriglione
Enviada especial a Copiapó (Chile)

O pastor Carlos Diaz, 43, chega ao acampamento Esperanza com uma carga especial de Bíblias em miniatura. Cada livrinho só pode ter até 8 cm de largura.

É essa a medida do diâmetro da maior das sondas que está sendo enviada (por um túnel escavado na montanha) aos 33 mineiros encarcerados desde o dia 5 de agosto a 700 metros de profundidade, na mina San José.

O pastor encomendou uma Bíblia para cada um dos 33, deu-se ao trabalho de usar marcador amarelo fosforescente nas passagens mais importantes (“aquelas em que parece que Deus fala diretamente a respeito das angústias de viver dentro de uma caverna fechada”), e entregou-as ao coordenador de segurança da operação de resgate, Jorge Sanhueza, gerente de Sustentabilidade da estatal do cobre do Chile.

Ele encaminhará terra adentro, até os mineiros, as “palavras divinas”.

As imagens divulgadas anteontem, feitas dentro da caverna em que os 33 mineiros estão presos, mostraram-os com os olhos brilhantes, sofridos, barbados, enfraquecidos, magros, despojados de tudo -até da luz física. “Quase santos.”

“Jesus também teve seu retiro de iluminação espiritual dentro de uma caverna”, lembra Diaz, capelão da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O Chile usa só uma palavra para se referir à sobrevivência de todos os 33 mineiros desaparecidos no dia 5 (e sem nenhum ferimento, diga-se): “milagre”. E o número 33 apareceu com um signo de bem-aventurança: era essa a idade de Cristo ao cumprir seu desígnio divino.

Notou-se que o número 33 também apareceu no total de letras da primeira mensagem enviada à superfície pelos soterrados, no dia 22: “Estamos bien en el refúgio, los 33″. No original, são 33 caracteres contando os espaços. Bingo!

Esperança

Não faltam profetas, santos, orações. Já nos primeiros dias da formação do acampamento Esperanza, quando ainda não se sabia se os homens estariam vivos sob a terra, uma estátua de Santo Expedito, 1,60 m de altura, capacete vermelho de mineiro na cabeça, surgiu para decorar o refeitório.

O acampamento Esperanza foi a forma que os parentes dos mineiros encontraram para juntos pressionarem as autoridades. Não demorou, e chegou uma imagem de Nossa Senhora da Candelária, “mãe dos mineiros e do povo do Atacama”. Pequenos altares familiares se instalaram por todo o acampamento.

Na tenda ocupada pela imprensa internacional, todos os dias, às 18h, acendem-se velas sob uma imagem de Cristo e da Virgem Maria.

Santo, entretanto, para o eletromecânico Edison Peña, 34, só Elvis Presley. Fanático pelo cantor de “Love me Tender”, Peña é um dos mineiros confinados. Ele não sabe uma só palavra de inglês.

“Mas isso não o impede de cantar tudo de Elvis, ele recria o inglês do seu jeito”, diz o tio, Oscar Peña, 68.

Desempregado na capital, Peña topou ir trabalhar na San José há seis meses. Logo, percebeu que a mina estava para desabar. Pediu as contas e voltou para Santiago. Ficou um mês. “Dobraram o salário dele [para os R$ 1.400 atuais], e ele voltou para a mina”, lembra o tio.
No Chile, nenhuma outra profissão remunera tão bem operários semiescolarizados. “É o dobro do que ganha um operário tão desqualificado quanto, mas em outro ramo de atividade”, conta a mãe de um dos soterrados. “O que eles remuneram é a coragem”, explica.”

Fonte: Equipe ASN – Márcia Ebinger