segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO



“Orando em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito. Vigiai nisto com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Efésios 6:18).

VERDADE PRÁTICA: Através de Cristo e sob o poder do Espírito Santo, somos impulsionados e capacitados a interceder uns pelos outros.

LEITURA BÍBLICA: Gênesis 18:23-29, 32, 33.

REFLEXÃO: “uma oração significativa é uma questão de coração, não de eloqüência das palavras.” (Jim George)

INTRODUÇÃO

O amor é a característica mais marcante do cristão (João 13:35). Esse amor deve ser demonstrado em todo o seu viver, inclusive em suas orações intercessórias. Intercessão quer dizer orar a Deus em favor de outra pessoa. A Palavra ordena aos filhos de Deus a orar por seus irmãos (Efésios 6:18,19), pela obra de Deus (Mateus 9:38), pelas autoridades constituídas (I Timóteo 2:1,2) e até pelos inimigos (Mateus 5:44). Se você, meu irmão, não é um intercessor, está perdendo a bênção de Deus. Portanto, entre na esfera da intercessão agora!

I – A ORAÇÃO INTERCESSÓRIA

  1. No Antigo Testamento. Entre o povo de Israel havia muitos homens fiéis, amorosos e dedicados, que perseveraram em oração a Deus por seus irmãos e pela nação inteira. Samuel (1 Samuel 7:8,9; 12:19-25), Moisés (Êxodo 32:11-14, 30-32; Deuteronômio 9:13-19), Jeremias (Jeremias 14:19-22), Esdras (Esdras 9:6-15), Daniel (Daniel 9:3-19) e tantos outros servem como exemplo. O próprio Deus menciona nominalmente homens como Samuel e Moisés como intercessores (Jeremias 15:1). Estes homens santos se afligiam com o pecado do povo, sentiam a necessidade do perdão divino e choravam diante de Deus, suplicando-lhe uma solução.
  2. Em o Novo Testamento. O ministério da intercessãoperante Deus continuou, sendo o Senhor Jesus o nosso supremo exemplo(João 17). Pessoas vinham ao Mestre pedindo por seus parentes, amigos e servos (Marcos 5:22-43; 10:13; João 4:4:46-53). Jesus demonstrou a prática da intercessão muitas vezes, orando pelos perdidos (Lucas 19:10), por Jerusalém e seus discípulos (João 17:6_26). Na igreja, a partir do livro de Atos e das Epístolas há muitos e variados exemplos de intercessões em oração, nos quais há grandes lições para a nossa vida cristã. A igreja é incentivada a orar uns pelos outros (Tiago 5:16; Efésios 6:18). Ela deve habituar-se a interceder pelas necessidades dos irmãos (Atos 12:5; 13:3). Na igreja, às vezes há grupos que se organizam e se intitulam “Os Intercessores”, mas não perduram. O verdadeiro intercessor não gosta de aparecer. Ele, em si mesmo se compraz em ver, mediante sua intercessão, o nome de Deus ser glorificado pelas bênçãos concedidas.
  3. Nos dias atuais. A Bíblia nos ensina que é dever do crente orar pelos outros (1 João 5:16; 1 Timóteo 2:1, 8; Efésios 6:18; Tiago 5:16). Contudo, não é só um dever, mas principalmente um privilégio e um canal de bênção. Aquele que persevera em orar pelos outros, Deus levanta intercessores para orar por ele e, assim, todos são abençoados. A oração intercessória enquadra-se na verdade bíblica: “Mais bem aventurada coisa é dar do que receber” (Atos 20:35). Quem ora, se coloca diante de Deus, entra em sua presença e nunca sai deste encontro da mesma forma que entrou. Ser alvo de uma oração é gratificante; orar é glorioso. A prática de estar com Deus em oração, muda o homem (Gênesis 32:22-32). As pessoas cojseguem perceber a diferença daquele que cultiva a comunhão com Deus (Êxodo 34:29-35). Dentre os discípulos de Jesus, três conviveram mais com Ele; e dentre os três, um era-lhe mais chegado.

II – CARACTERÍSTICAS DE UM INTERCESSOR

  1. Perseverança. Abraão foi um homem perseverante. Sua súplica a Deus por Sodoma e Gomorra demonstra sua diligência. Ele intercedeu diante de Deus e nisso perseverou até obter a resposta (Gênesis 18:22-33). O intercessor não pode se deixar levar pelas dificuldades e aparentes “impossibilidades”. Foi o caso da mulher siro-fenícia perante Jesus. Apesar de ser ignorada e receber inicialmente um “não” do Senhor, como teste da sua fé, ela insistiu em seu pedido, humilhando-se diante dEle, até que foi atendida em sua petição (Mateus 15:22-28).
  2. Altruísmo. Em um autêntico intercessor não pode haver egoísmo, mesmo porque, se alguém é egoísta, não é intercessor. O oposto do egoísmo é o altruísmo. A pessoa esquece de si mesma e cuida do outro por amor. O caso de Moisés é emblemático. O Senhor falou em acabar com o povo de Israel e iniciar, a partir dele (Moisés), outro povo (Êxodo 32:7-14). O amor que Moisés tinha por aquelas pessoas, que com tanto zelo e devoção eram conduzidas por ele, dominava seu ser. Esse amor o levou a rejeitar a proposta e interceder pelo povo que havia desprezado a Deus e ao próprio Moisés (Êxodo 32:1-4). Na mesma ocasião, esse servo de Deus pediu para sr riscado do livro divino, caso o Senhor não perdoasse aos israelitas (Êxodo32:30-32). Um fato semelhante é o de Jô, que em meio a severas provações, grande necessidade e graves problemas de saúde, intercedia diante de Deus por seus “amigos”(Jô 42:10). O apóstolo Paulo, com profundo amor pelo seu povo e anseio por sua salvação, afirmou que abriria mão de sua própria salvação em favor deles (Romanos 9:3). Jesus, cravado no madeiro, sofrendo grandes dores, intercedeu por seus algozes (Lucas 23:33,34), e pelo ladrão arrependido crucificado ao seu lado (vv 40-43).
  3. Empatia. Empatia é, no campo natural, a capacidade de uma pessoa identificar-se com outra; harmonizar-se, combinar com outra pessoa, sentir o que ela sente, desejar o que ela quer, apreender do modo como ela apreende. Interceder, no campo espiritual, é mais do que simplesmente apresentar pedidos em favor de outros diante de Deus. É ter a capacidade de se colocar no lugar daquela pessoa ou pessoas, sentir suas misérias, sua dor, seu estado, sua necessidade e, por conseguinte, implorar a Deus por sua resposta. Esdras e Jeremias foram exemplos nesta área. Eles mesmos não haviam pecado contra Deus, cometendo s abominações que o povo cometia em sua época. No entanto, em oração apresentaram o povo a Deus, rogando-lhe o seu perdão e implorando por salvação (Jeremias 14:18-22; Esdras 9:6-15). Neemias, o governador, fez a mesma coisa (Neemias 9:33-37). Em Jesus esta característica é notória; Ele sentia a dor das pessoas, o que o levava à compaixão (Lucas 7:11-13; Mateus 9:36; 14:14). Quando viu a dor de Maria ao perder seu irmão, chorou (João 11:32-35). O cristão deve saempre ter em si esta virtude (Romanos 12:15) ao interceder diante de Deus por outro.

III – A FORÇA DA ORAÇÃO COLETIVA

  1. Nínive. O Senhor havia determinado a destruição de Nínive. Seus habitantes, no entanto, decidiram arrepender-se e humilhar-se diante de Deus, como um só homem, apregoando um jejum que incluía até os animais, clamando a Deus por misericórdia e pela revogação da sentença destruidora que fora motivada por eles mesmos. Apesar dos protestos do profeta Jonas, tiveram sua petição atendida, e todo o povo foi salvo da destruição (Jonas 3:5-10).
  2. Israel. Quando Ester tomou conhecimento do terrível e destruidor edito real que decretava a morte de todos os judeus, ela e suas auxiliares decidiram orar e jejuar para que o Senhor preservasse a vida dos descendentes de Abraão e desse vitória sobre seus inimigos. Mais uma vez, Deus respondeu à oração (Ester 4:15-17; 8:1-17).
  3. Igreja Primitiva. A igreja começou em plena atmosfera de oração (Atos 2:42). Eles apresentavam seus pedidos a Deus de forma unânime. Quando Pedro foi preso, a igreja reuniu-se para interceder a Deus por ele (Atos 12:1-17). Aquela reunião de súplica foi certamente transformada em reunião de louvor e agradecimento a Deus pela oração respondida.

CONCLUSÃO

Orar pelos outros é um dever e uma prova de que o amor de Deus está derramado no coração do intercessor. Buscar a Deus com fé é o modo correto de começar. Todos os cristãos devem desenvolver uma vida de oração e intercessão, buscando ter em si virtudes como altruísmo, perseverança e empatia espiritual. Assim fazendo, além de aprimorar sua vida de comunhão com Deus, o cristão estará cumprindo o mandado divino de amar ao próximo como a si mesmo.

REFLAXÃO: “Jesus, nosso Advogado, intercede por nós no céu.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal)

RESPONDA:

  1. O que é intercessão?
  2. Cite três exemplos de homens fiéis que perseveravam em oração a Deus no antigo testamento.
  3. Em qual verdade bíblica se enquadra a oração intercessória?
  4. Quem é o nosso supremo exemplo no ministério da intercessão?
  5. De acordo com a lição, quais as principais características de um intercessor?

VOCABULÁRIO

Altruísmo: Amor ao próximo

Emblemático: Significativo, exemplar.

Empatia: Sentir o que o outro sente.

Fonte: Lições Bíblicas - 4º Trimestre de 2010 - Jovens e Adultos
Casa Publicadora das Assembléias de Deus - CPAD

Carinho e amor
Fernanda Abreu Ferreira.

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